– A doença manifesta-se principalmente na face e no tronco, áreas do corpo ricas em glândulas sebáceas. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, sendo, na maioria das vezes de pequena e média intensidade.
– Em alguns casos, o quadro pode tornar-se muito intenso, como a acne conglobata (lesões císticas grandes, inflamatórias, que se intercomunicam sob a pele) e o acne queloideano (deixa cicatrizes queloideanas após o desaparecimento da inflamação).
# A acne se divide em quatro graus, cada um com uma forma de visualização:
Acne Grau I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias (espinhas)
Acne Grau II: cravos e “espinhas” pequenas, como pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas)
Acne Grau III: cravos, “espinhas” pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos)
Acne Grau IV: cravos, “espinhas” pequenas e grandes lesões císticas, comunicantes (acne conglobata), com muita inflamação e aspecto desfigurante. O lado emocional dos pacientes não deve ser menosprezado. A desfiguração causada pela acne mexe com a auto-estima da vitima, que passa a evitar o contato social com vergonha de suas lesões
– Quando necessário, deve ser fornecido suporte psicológico.
– O tratamento da acne deve ser orientado por médicos, sendo eles os profissionais capacitados para indicar as providências a serem tomadas.
– É importante saber que algumas pessoas apresentam melhoras com certos tratamentos e outras não. Por isso, pode ser que o profissional precise trocar a sua forma de realizar os procedimentos, caso o tratamento inicial não esteja surtindo o efeito para controlar a doença.
– A acne pode persistir também na fase adulta, e pode surgir em decorrência de alterações hormonais, devido as disfunções ovarianas (a mais frequente é a síndrome dos ovários micropolicísticos), alterações das glândulas supra-renais ou um aumento da sensibilidade da pele aos hormônios androgênicos (masculinos), responsáveis pelas manifestações da doença. Apesar da acne da mulher adulta estar relacionada ao aumento da ação dos androgênios, muitas vezes, os exames laboratoriais estão dentro de níveis normais, caracterizando então uma maior sensibilidade da pele a estes hormônios.
– As lesões costumam ser mais profundas, formando pequenos nódulos avermelhados e doloridos, com menor presença de pústulas (lesões com pus). As áreas mais atingidas são o queixo, mandíbulas e pescoço. Estão presentes também cravos abertos (pretos) e fechados (brancos).
– A escolha do tratamento ideal vai depender de cada caso e de cada fase da acne, sendo importante uma avaliação detalhada do paciente.
– Técnicas deTratamentos: sendo doença de duração prolongada, a acne deve ser tratada desde o começo, de modo a evitar as suas sequelas, que podem ser cicatrizes na pele ou distúrbios emocionais, devido à importante alteração na auto-estima de jovens e adultos acometidos pela acne.
1) Peelings químicos:
– Podem ser superficiais, médios ou profundos, de acordo com a profundidade da pele que se deseja atingir. Os resultados são mais aparentes quanto mais profundos são os peelings, assim como aumentam também os riscos de efeitos colaterais e o desconforto durante o peeling e no pós-peeling.
– Bons resultados podem ser obtidos com peelings superficiais repetidos e realizados a pequenos intervalos, principalmente para o tratamento de manchas causadas pela acne. Além de clarear as manchas, os peelings melhoram a textura da pele, que fica mais uniforme e melhora o seu aspecto como um todo.
– Se as cicatrizes forem mais profundas, os peelings médio e profundo podem ser utilizados
2) Dermaroller/Microagulhamento:
– Feito com um “rolinho de agulhas” e anestesia local! A profundidade das agulhas é específica para cada tratamento ( 1.0mm até 3.0mm ), e apenas médicos podem utilizar as opções mais profundas, buscando assim melhores resultados com o tratamento!
– Também pode ser associado a outras técnicas para potencialização de resultados, como: Skinboosters, Peelings Químicos e Drug Deliverys.
– Pode ser aplicado em: Face, pescoço, cólo e qualquer região do corpo onde apresente estrias.
3) Preenchimento cutâneo:
– Para as cicatrizes deprimidas que desaparecem quando a pele é esticada, o preenchimento pela técnica de microgotas é uma boa indicação. São injetadas substâncias debaixo da cicatriz, levantando-a. Os preenchedores podem ser temporários, como o ácido hialurônico (que pode durar cerca de 1 ano), ou definitivos, como a hidroxiapatita de cálcio. O procedimento é bem tolerado e, pessoas mais sensíveis, podem utilizar um creme anestésico.
4) Elevação de cicatrizes:
– Indicada para aquelas cicatrizes deprimidas que se parecem com marcas de catapora. Sob anestesia local, utiliza-se um punch (instrumento cortante semelhante a um canudo) para cortar a pele da cicatriz em círculo, sem soltá-la dos tecidos mais profundos, elevando-a até ao nível normal da pele e fixando-a com curativo. É comum a pele ficar até mais alta que a pele normal, sendo necessário, posteriormente, realizar uma dermoabrasão de toda a região para igualar a altura.
5) Excisão e sutura simples:
– Utilizada para remover cicatrizes disformes, com bordas irregulares. Consiste na retirada da cicatriz com bisturi, sob anestesia. A cicatriz resultante da remoção é mais uniforme, feita borda a borda, com resultado estético melhor.
6) Ressurfacing com Laser (CO2 Fracionado):
– O tratamento é semelhante à dermoabrasão só que, ao invés das lixas, a remoção do tecido é feita pelo laser. Assim, a profundidade do tecido a ser removido é controlada pelo computador, enquanto que, na dermoabrasão, depende mais da sensibilidade do profissional. É indicado para cicatrizes deprimidas de bordas bem marcadas. Saiba mais sobre o Ressufacing.
7) Subcisão:
– Utilizada para elevar cicatrizes deprimidas, a técnica consiste em liberar a pele da fibrose cicatricial que a puxa para baixo. É feita pela introdução de agulha cortante sob a cicatriz, em movimentos de vai-vem, que cortam o tecido fibroso, soltando a pele. Um hematoma resultante do trauma estimula a formação de tecido colágeno no local, que também vai ajudar a elevar a cicatriz.
8) O melhor é prevenir:
– O tratamento da acne em sua fase inicial evita a formação de cicatrizes. Hoje, existem medicamentos que controlam a doença e, até mesmo, podem acabar definitivamente com a acne em cerca de 6 a 8 meses nos casos graves ou resistentes aos tratamentos convencionais.
Atenção: O resultado do tratamento pode variar conforme o organismo da(o) cliente.