1) Genética e fatores hormonais
Tanto um quanto o outro podem levar à alopecia androgenética, a calvície. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar apontam que cerca de 25% das brasileiras entre 35 e 40 anos apresentam ou vão apresentar algum grau de calvície – os fios vão rareando na parte de cima da cabeça, na região da testa, e, dependendo do estágio, chega a dar para ver o couro cabeludo.
2) Stress, anemia, alterações na tireoide, dieta pobre em proteína
Eles estão por trás do eflúvio telógeno, que é a segunda maior causa de queda capilar. Os fios pulam da fase de crescimento para a de repouso, antecipando a queda.
* Para encerrar o caso – Além de combater a causa, se o vilão for o stress, seguir uma alimentação balanceada e rica em ferro; se problema for o corte drástico de calorias e de proteína, são indicadas sessões de infusão de CO2 medicinal , laser de baixa potência e tratamento clínico.
3) Alisamento ou clareamento
Se for bem feito e respeitar o intervalo dos retoques, o único prejuízo é o ressecamento. Porém, como o alisamento rompe as pontes de hidrogênio e de cisteína do fio para mudar a textura dele, qualquer imprudência pode deixá-lo quebradiço. Com o descolorante, a diferença é que ele torna a fibra capilar ressecada e, por isso, menos resistente à tração.
* Para encerrar o caso – fazer o teste de mecha (aplicar o produto em uma mecha próxima da nuca e ver como o cabelo vai reagir) toda vez que for realizar um procedimento químico. Outro cuidado a ser tomado é o de não misturar ativos alisantes incompatíveis, como o tioglicolato de amônia e a guanidina.
4) Penteados
Tranças coladas no couro cabeludo, dreads e rabos de cavalo apertados tracionam e traumatizam a fibra capilar, segundo Maria Fernanda.
* Para encerrar o caso – Maneire no estica e puxa, não dê tantas voltas no elástico e aumente os intervalos entre os penteados.
5) Doença autoimune
Estamos falando da alopecia areata, aquela que faz o cabelo cair de repente, deixando pelada uma área do tamanho de uma moeda de 1 real. Ela ocorre porque o organismo desenvolve anticorpos contra o bulbo capilar, que deixa de produzir fios. As vítimas preferenciais têm entre 15 e 29 anos.
* Para encerrar o caso – Apele para a intradermoterapia ou para a infiltração com corticoide.
6) Secador
A história de que ele arrebenta o fio tem a ver, na verdade, com a força empregada durante a escovação. Pode reparar que as áreas mais prejudicadas são as da parte de trás da cabeça, aquelas que fazem a gente levantar o queixo. O contorno do rosto também se dá mal, já que a gente sempre dá uma caprichada maior para não entregar as verdadeiras raízes. Tem ainda o calor, que pode causar a queda ao queimar o couro cabeludo ou estimular a oleosidade e levar ao aparecimento da caspa.
* Para encerrar o caso – Maneire nos puxões, aplique protetor térmico nos fios antes de iniciar a escova, posicione o secador pelo menos um palmo de distância da cabeça e, sempre que possível, deixe os fios secarem naturalmente.
Tratamentos
• Infusão de gás medicinal:
Trata-se de uma injeção de gás anidro carbônico (CO2) nas áreas que estão perdendo cabelo. O objetivo é fazer com que elas reajam a essa agressão produzindo mais oxigênio.
Com isso, a circulação local melhora e mais nutrientes chegam à raiz. Em média, são necessárias dez sessões.
• Infiltração com corticoide:
O medicamento é injetado nos pontos problemáticos com uma agulha para estimular a circulação e combater a inflamação. Uma ou duas aplicações costumam ser suficientes.
• Intradermoterapia:
Aplicação de produtos específicos com microagulhas em couro cabeludo para estimular o crescimento e fortalecimento dos fios. Em média 8 sessões.
• Laser de baixa potência:
O aparelho libera um tipo de energia que faz com que os fios permaneçam por mais tempo na fase de crescimento. O tratamento dura dez sessões semanais.
• Tratamento clínico:
Envolve laser de baixa potência, loção com minoxidil a 5% e cápsulas de vitaminas, tudo para que os novos fios venham fortes. O laser precisa ser feito uma vez por semana. Já a loção deve ser aplicada duas vezes ao dia e as vitaminas, tomadas até três por dia. No geral, essa rotina tem de ser repetida por pelo menos três meses e com acompanhamento médico.
• Transplante de unidades foliculares:
A cirurgia, realizada no hospital, só é indicada para casos graves. Com a paciente sedada e anestesiada, o médico retira uma faixa do couro cabeludo da região da nuca e separa tufos contendo de um a quatro fios. Depois, eles são implantados nas áreas onde há
falhas. A técnica exige que a pessoa dê um tempo de secador, chapinha, coloração, academia e tesoura por 30 dias.
Outros possíveis fatores da queda capilar:
– Dieta pobre em carne vermelha: na falta do alimento, há o risco de você absorver menos ferro, o que compromete a chegada de oxigênio ao bulbo capilar. Aí, o fio nasce fraquinho, fraquinho.
– Excesso de gordura, açúcar, cafeína e álcool: ao aumentar a chance de ter caspa e produzir mais radicais livres, o quarteto acelera o envelhecimento do cabelo, deixando-o quebradiço.
– Redução calórica: os fios são tão sensíveis que um corte de 100 calorias, o que equivale a um copo de suco de laranja ou uma barra de cereais com chocolate, pode acentuar a queda.
Atenção: O resultado do tratamento pode variar conforme o organismo da(o) cliente.